sábado, 14 de fevereiro de 2009

Catadora encontra cerca de R$ 40 mil no lixo e devolve ao dono

Uma mulher de 55 anos, catadora de materiais recicláveis, encontrou nesta quarta-feira (11/02/09) pacotes no lixo com cerca de R$ 40 mil. A quantia foi achada no lixo de um supermercado de Penápolis, a 479 km de São Paulo. Ela devolveu o dinheiro ao dono do estabelecimento comercial, que calculou a quantia de dinheiro que havia nas sacolas. A mulher recebeu R$ 200 como recompensa.

Lourença Palma da Cunha, que trabalha há vários anos como catadora, encontrou no lixo sacolas que ela pensava conter material reciclável. Quando chegou em casa para separar o material, se espantou ao ver tantas notas de R$ 50, além de vários cheques pré-datados e até dólares.

Lourença disse que achou que o dinheiro fosse de mentira. Mas, quando descobriu que o dinheiro era real, se lembrou de onde havia retirado as sacolas, voltou para o supermercado e devolveu toda a quantia. Segundo o dono do supermercado, uma funcionária fez uma limpeza e acabou jogando as sacolas de dinheiro no lixo.

A mulher sustenta a família com a coleta de materiais recicláveis. Ela ganha cerca de R$ 200 por mês. A catadora mora em uma casa de cinco cômodos com o marido, dois filhos e quatro netos. Há cinco anos, Lourença é voluntária no Fundo Social de Solidariedade de Penápolis. A mulher deixou parte da recompensa que recebeu no próprio supermercado. Ela comprou refrigerantes e, com o restante do dinheiro, disse que pagaria uma prestação.

Fonte: G1

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

'Fingi ser gari por 8 anos e vivi como um ser invisível'

O psicólogo social Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e trabalhou oito anos como gari, varrendo ruas da Universidade de São Paulo. Ali,constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são 'seres invisíveis, sem nome'. Em sua tese de mestrado, pela USP, conseguiu comprovar a existência da 'invisibilidade pública', ou seja, uma
percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a pessoa.

Braga trabalhava apenas meio período como gari, não recebia o salário de R$ 400 como os colegas de vassoura, mas garante que teve a maior lição de sua vida:
'Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, pode significar um sopro de vida, um sinal da própria existência', explica o pesquisador.

O psicólogo sentiu na pele o que é ser tratado como um objeto e não como um ser humano. 'Professores que me abraçavam nos corredores da USP passavam por mim, não me reconheciam por causa do uniforme. Às vezes, esbarravam no meu ombro e, sem ao menos pedir desculpas, seguiam me ignorando, como se tivessem encostado em um poste, ou em um orelhão', diz.

No primeiro dia de trabalho paramos pro café. Eles colocaram uma garrafa térmica sobre uma plataforma de concreto. Só que não tinha caneca. Havia um clima estranho no ar, eu era um sujeito vindo de outra classe, varrendo rua com eles. Os garis mal conversavam comigo, alguns se aproximavam para ensinar o serviço. Um deles foi até o latão de lixo
pegou duas latinhas de refrigerante cortou as latinhas pela metade e serviu o café ali, na latinha suja e grudenta. E como a gente estava num grupo grande, esperei que eles se servissem primeiro. Eu nunca apreciei o sabor do café. Mas, intuitivamente, senti que deveria tomá-lo, e claro, não livre de sensações ruins. Afinal, o cara tirou as latinhas de refrigerante de dentro de uma lixeira, que tem sujeira, tem formiga, tem barata, tem de tudo. No momento em que empunhei a caneca improvisada, parece que todo mundo parou para assistir à cena, como se perguntasse: 'E aí, o jovem rico vai se sujeitar a beber nessa caneca?' E eu bebi. Imediatamente a ansiedade parece que evaporou. Eles passaram a conversar comigo, a contar piada, brincar.


O que você sentiu na pele, trabalhando como gari?
Uma vez, um dos garis me convidou pra almoçar no bandejão central. Aí eu entrei no Instituto de Psicologia para pegar dinheiro, passei pelo andar térreo, subi escada, passei pelo segundo andar, passei na biblioteca, desci a escada, passei em frente ao centro acadêmico, passei em frente a lanchonete, tinha muita gente conhecida. Eu fiz todo esse
trajeto e ninguém em absoluto me viu. Eu tive uma sensação muito ruim. O meu corpo tremia como se eu não o dominasse, uma angustia, e a tampa da cabeça era como se ardesse, como se eu tivesse sido sugado. Fui almoçar, não senti o gosto da comida e voltei para o trabalho atordoado.


E depois de oito anos trabalhando como gari? Isso mudou?
Fui me habituando a isso, assim como eles vão se habituando também a situações pouco saudáveis. Então, quando eu via um professor se aproximando - professor meu - até parava de varrer, porque ele ia passar por mim, podia trocar uma idéia, mas o pessoal passava como se tivesse passando por um poste, uma árvore, um orelhão.


E quando você volta para casa, para seu mundo real?
Eu choro. É muito triste, porque, a partir do instante em que você está inserido nessa condição psicossocial, não se esquece jamais. Acredito que essa experiência me deixou curado da minha doença burguesa. Esses homens hoje são meus amigos. Conheço a família deles, freqüento a casa deles nas periferias. Mudei. Nunca deixo de cumprimentar um trabalhador. Faço questão de o trabalhador saber que eu sei que ele existe. Eles são tratados pior do que um animal doméstico, que sempre é chamado pelo nome. São tratados como se fossem uma 'COISA'.



Ser IGNORADO é uma das piores sensações que existem na vida!
Fica a sugestão: Cumprimente e converse com aquelas pessoas que você muitas vezes nem percebe que existe, ou não lhe dá o devido valor.


sábado, 7 de fevereiro de 2009

Centenário de nascimento de Dom Hélder Câmara

Exatamente hoje se completa cem anos do nascimento de Dom Hélder Câmara, um dos maiores defensores dos direitos humanos no Brasil. Deixando de lado a religiosidade, não podemos deixar de falar das obras desse grande homem que nos deixou a dez anos.

Dom Helder era um homem que atraía multidões com suas palavras e sua fé convicta. Tinha um grande sonho: fazer a pobreza desaparecer e ver a igualdade social ser um marco no Brasil. Para isso lutava, não se dava o direito de descansar. Desta luta nasceram diversas obras sociais que ainda hoje mantêm vivo o seu ideal.

Inquieto diante do desespero de tantos que viviam na pobreza, tentando ganhar pelo menos o que comer, Dom Helder foi um desbravador, e algumas de suas iniciativas sociais permanecem com o seu ideal.

Com o lema "Ninguém é tão pobre que não possa dar nada, ninguém é tão rico que não precisa de nada", criou o Banco da Providência, uma espécie de agência de auxílio aos mais necessitados. Ali eles buscam por alimentos, remédios, pequenos empréstimos, consultas médicas e empregos.

Dom Helder dizia que todos deveríamos entrar no terceiro milênio, abrigados, sem fome e fraternos. Um sonho que ainda está longe de acontecer, mas que possui frutos por diversas partes, como a Cruzada São Sebastião, que de favela passou a conjunto habitacional.

No famoso bairro do Leblon, está o complexo de apartamentos para famílias carentes. Idealizado por Dom Helder teve como objetivo na época tirar as pessoas da favela, com este gesto ele desejava conscientizar os cariocas sobre o problema da moradia e proliferação das favelas.

No mesmo complexo, Dom Helder fez construir uma Igreja, que deu o nome de Santos Anjos. Ali os moradores recebem atendimento odontológico, médico e podem contar com uma pequena farmácia. Na paróquia funciona também um projeto que visa auxiliar as crianças no rendimento escolar para que tenham a esperança de um futuro melhor.


Fonte: http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=272263

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

55 idéias de bondade

Quer praticar uma boa ação hoje?

clique aqui e veja uma lista com 55 idéias que você pode por em prática!

Fonte: http://oblogdoleck.blogspot.com

Cão herói resgata outro cão atropelado no Chile

Tal fato ocorreu em 04/12/08, um cão, aparentemente desabrigado, arrasta o companheiro atropelado em uma estrada de Santiago até a sua marginal enfrentando o trânsito. Infelizmente o cachorro socorrido não resistiu e morreu.

Após a divulgação das imagens, muitas pessoas ligaram se prontificando em adotar o cão herói, porém, ele desapareceu.

Fica a lição!

O primeiro vídeo é a reportagem divulgada no Jornal Hoje e, o segundo, com mais cenas, é um vídeo chileno.


quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Mulher mora por 18 dias em aeroporto e só volta para casa graças aos funcionários do local

A dona de casa Cássia, 32 anos, após ter sido deportada da Espanha, sem dinheiro para a passagem e com poucas peças de roupa, dentro de um saco de lixo, morou por 18 dias no aeroporto internacional de Salvador (BA).

Durante o tempo que permaneceu ali, Cássia sobreviveu da solidariedade dos funcionários: "Eles me pagavam lanches e deixaram usar um banheiro com chuveiro." Para dormir, "usava as roupas como travesseiro e o saco de lixo para forrar o chão."

Residente na cidade de Palmeirópolis (GO), a dona de casa conseguiu voltar para casa ontem com o dinheiro de uma "vaquinha" realizada pelos funcionários do aeroporto comovidos com o drama da mulher.


Fonte: Folha de São Paulo (04/02/09)

Saudações amigos internautas!

Não preciso desperdiçar palavras para enaltecer os benefícios da bondade. Também não preciso recordar a carestia de atos de bondade que enfrentamos nos dias atuais. Sabemos que praticar a bondade é necessário para manter o equilíbrio deste mundo que agoniza e preservar a esperança que carregamos de dias melhores. A intenção deste BLOG é divulgar os atos de solidariedade a fim de valorizar as pessoas que o praticaram e convidar os leitores para a disseminação da bondade no mundo.

"A bondade consiste em estimar e amar os outros para além do que eles merecem." (Joseph Joubert)